
De
acordo com Cort Cass, em seu livro “The Redhead Handbook”, a contínua
existência dos ruivos foi uma das questões que "assombraram” Charles Darwin,
pois ele não conseguiu enquadrar os ruivos em sua teoria da sobrevivência do
mais apto. Sr. Cass propõe uma "Teoria de Seleção Sexual",
que, em compensação a uma desvantagem de sobrevivência, possuem os ruivos uma
vantagem na procriação. Ele compara os ruivos a pavões, cujas
impraticáveis e chamarizes de predadores caudas pesadas parecem lhes fazer um alvo
lógico para a extinção. No entanto, é o pavão com a maior, a mais pesada, a
mais brilhante cauda que atrai mais as fêmeas e, portanto, tem uma procriação mais
bem sucedida.
Susanna
Duffy, editora de BellaOnline.com, acrescenta às explicações possíveis de
sobrevivência dos ruivos, ponderando que: "Deve ter havido alguma vantagem
em ter o cabelo vermelho e pele pálida. Uma razão para isso é que quanto
mais clara é a pele, mais facilmente ela pode produzir a vitamina D,
representando um bônus em áreas com pouco sol. Ou o gene responsável por esta
característica, o receptor melanocortina-1 (MC1R), é devido apenas ao acaso? A
natureza seria indiferente a cor do cabelo em lugares de pouco sol?". A suposição
da Sra. Duffy pode ser chamada de "Teoria da Diversidade seletiva"
Outro
aspecto da possível sobrevivência dos ruivos é proposto por Betty Sue Flowers,
uma estudiosa da Universidade do Texas. Ela pondera que, uma pessoa que nunca
tinha visto um ruivo e encontrou subitamente com um, provavelmente teria se
encantado e incutido as características ruivas, como as de um deus ou uma deusa. Uma
evidente vantagem evolutiva de ser percebida pelos potenciais parceiros,
proporcionando às ruivas a oportunidade de "manter relações sexuais
com centenas de parceiros". Também é possível que essa percepção de
acasalamento esteja ligada à sensualidade/promiscuidade, estereótipo muitas
vezes aplicado às mulheres ruivas.