Vinte e oito anos, cabelos ruivos flamejantes e olhos verdes: uma jovem russa que desembarcou recentemente em Nova York passou em poucas horas de empresária à Mata Hari (suposta agente dupla da Alemanha e da França na Primeira Guerra Mundial), fazendo a alegria dos tabloides.
"Red Head" ("Cabeça Ruiva") é título do New York Post, que publicou uma foto de Anna Chapman, cujo nome verdadeiro é Anya Kushchenko, presa na noite de domingo com nove outras pessoas sob acusações de participação em uma rede de espionagem supostamente a favor da Rússia.
Com vestígios da Guerra Fria, o jornal brinca com a cor dos cabelos da suposta espiã e a da bandeira da extinta União Soviética.
Na queixa do FBI, ela é acusada de ter fornecido informações a um dirigente russo com quem teria se encontrado todas as quartas-feiras dos últimos meses em uma livraria do West Village.
"Lady in red", como ficou conhecida, é vista como 'mulher fatal', ao estilo dos filmes de James Bond, que se infiltra na roda da alta sociedade e círculos de poder, servindo-se do seu charme para descobrir segredos de estado.
No entanto, segundo o FBI, ela ainda não teria conseguido obter nenhuma informação útil para os russos. Por conta disso, ela, assim como os outros detidos, não foi acusada formalmente de espionagem. Foi detida por lavagem de dinheiro e por não ter se registrado como agente de um governo estrangeiro nos EUA.
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