quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sardas - tudo sobre essas pintinhas (Larissa Drumond)

As sardas – também chamadas de efélides – são pequenas manchas amarronzadas em áreas expostas ao sol, sobretudo no rosto, nos ombros e nas mãos. O principal gerador dessas lesões são os raios UVA, responsáveis pelo aumento da formação de melanina e, consequentemente, pela pigmentação. 
Os ruivos têm sardas desde o nascimento devido à pele muito clara. O bronzeamento é, na verdade, uma forma de proteção contra a exposição solar intensa, fazendo com que a pele apresente uma coloração mais escura e homogênea. Como os ruivos não têm a capacidade de ficarem bronzeados, surgem essas manchinhas pontuais.
Juliana Mosca, 21 anos, que o diga! Ela tem os cabelos alaranjados e sardas desde que nasceu. “Elas sempre estiveram presentes na minha vida, mas quando tomo sol, aumentam muito. Não param nunca”, brinca. Suas pintinhas não eram muito bem-vindas, mas se acostumou quando viu que não havia saída. “Desde criança, eu odeio; hoje já me acostumei, mas gostaria de não tê-las. Eu tenho no rosto, nos joelhos, nos cotovelos e algumas nos ombros”.
"É preciso ter um cuidado maior até os três anos de vida, procurando a orientação de um dermatologista para indicar o protetor solar com o fator adequado e usando mecanismos de proteção, como camisa de manga comprida e chapéu. Os melhores horários para tomar sol é durante a manhã, bem cedo, e no fim do dia”, explica Andréia Mateus, coordenadora do departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Gabriella Moura, 20 anos, nasceu sem sardas, mas as adquiriu aos quatro anos, quando seus pais a levaram à praia e não passaram protetor solar. “Tenho no rosto e no colo, tanto que, quando saio ao sol, sempre passo filtro, senão aparecem ainda mais”, conta. Nos tempos do colégio, quando recebia apelidinhos, não era muito fã delas, mas aprendeu a aceitá-las e, melhor ainda, a adorá-las. “Por questões de estética, eu achava mais bonito ter um rosto limpo; mas, com o tempo, vi que precisava me aceitar do jeito que eu sou, afinal, elas fazem parte de mim. Hoje, eu acho bonito e reparei que muitas mulheres que admiro também têm sardas, como Gisele Bündchen e a atriz Julianne Moore”.
“Para prevenir as efélides, é essencial o uso de filtro solar com fator muito alto, de preferência acima de 30. Para removê-las, usamos clareadores locais, à base de ácido ou não, e laser – Luz Intensa Pulsada –, aparelho que emite luz e chamusca a mancha para fazer com que ela desapareça. Ela some, mas se a pessoa tomar sol, outras podem aparecer na mesma região”, esclarece a profissional.
As sardas estão livres de qualquer suspeita de câncer, mas as pintas – também chamadas de nevos – precisam ser avaliadas. “Se apresentarem duas cores diferentes, forem irregulares e mais altas, é necessário fazer um exame, chamado dermatoscopia, analisar se precisam ser retiradas ou não, para que não se transformem num melanoma [câncer de pele]”, afirma Dra. Andréia Mateus.
“Fico feliz quando as minhas sardas não aparecem nas fotos”, revela Juliana, que aproveita base, corretivo e pó compacto para esconder o que pode. Gabriella acha suas pintinhas um charme e confessa que elas atraíram seu namorado. “Eu não as escondo, elas estão no meu rosto para quem quiser ver. Como são marrons, umas mais escuras que as outras, passo pó apenas para deixá-las com um tom mais uniforme”, aconselha. 
Você tem sardas? Faz com que elas fiquem ainda mais charmosas ou prefere escondê-las? Comente!