sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O homem de Neandertal era Ruivo e tagarela!

O típico brutamontes que a ciência sempre associou ao homem das cavernas é provável que nunca tenha existido. Explica-se: uma análise de DNA acaba de revelar que o homem de Neandertal (homo neanderthalensis) tem em comum com os seres humanos atuais o gene FOXP2, que é um dos principais responsáveis pela fala – ou seja, esse homem tão primitivo falava, e não apenas emitia urros e grunhidos como se supôs até hoje. Mais: uma minuciosa análise extraída de fósseis de neandertais indicou que eles possuíam a pele clara. Mais ainda: o gene MC1R encontrado é responsável pela produção de cabelos ruivos. Quanta contradição. Esses nossos ancestrais estavam mais para europeus do que para ogros de cavernas. Tudo isso é o que revela um artigo da revista Science, segundo o qual uma equipe de pesquisadores da Universidade de Barcelona revelou ter extraído DNA de ossos de dois neandertais e, assim, resgatou o chamado MC1R – gene que ao sofrer mutação produz cabelos ruivos no homem moderno. “Não sabíamos a cor do cabelo do homem das cavernas. O gene MC1R nos dá agora uma resposta”, diz a chefe da pesquisa, Carles Lalueza-Fox.
Um dos grandes desafios da ciência sempre foi o de descrever a aparência desse nosso antepassado. Isso porque os fósseis apenas revelam a idade e, em alguns casos, a forma como esses seres viveram. No caso do neandertal, sabe-se que ele pisou o planeta há cerca de 300 mil anos no oeste da Ásia e parte da Europa, mas nunca foi possível retratar a sua real aparência. Numa reconstituição exibida no Museu de Neandertal em Mettmann, na Alemanha, cientistas mostraram com a ajuda de modernos gráficos computadorizados uma imagem que passa longe da realidade: um homem de pele morena e cabelos negros. “A genética nos corrigiu. Eles eram ruivos e tinham a pele clara”, diz Carles. A segunda surpresa que os ossos milenares revelaram, também na semana passada, é igualmente importante. “Eles podem ter tido linguagem como nós”, diz Johannes Krause, bioquímico do Instituto Max Planck. Nem urros nem grunhidos, o homem de Neandertal falava como o homem moderno. Krause e sua equipe analisaram o DNA de fósseis e descobriram duas mudanças essenciais no gene FOXP2, o que levanta a possibilidade de que a espécie tivesse alguns dos pré-requisitos para a linguagem. Segundo o bioquímico, esse gene produz uma proteína que “liga” e “desliga” outros genes e, por isso, pessoas que possuem uma cópia defeituosa dele apresentam problemas de fala e linguagem. “A teoria dos urros e grunhidos caiu por terra. Eles conseguiam falar”, diz Krause.
Ruivos e tagarelas, os neandertais eram fisicamente mais robustos do que o ser humano atual. Mediam em média 1,65m de altura, eram musculosos e seus cérebros possuíam 10% a mais em volume do que o cérebro dos humanos modernos. Vestígios milenares provaram aos antropólogos que esses primos distantes usavam peles de animais para se aquecer e cuidavam uns dos outros. Os pesquisadores trabalham também com a hipótese de que eles se organizavam socialmente e enterravam seus mortos – o que possibilita encontrar muitos de seus fósseis completos. Assim, qualquer semelhança entre nós e o homem da caverna, garante a ciência, não é mera coincidência. É genética.

domingo, 11 de dezembro de 2011

II Encontro de Ruivos em Porto Alegre/RS (10/12/11)

Algumas fotos da galera toda reunida em Porto Alegre. Nesse até eu fui (rs). Obrigado Ediana por ter me levado ;P
Obs: Se quiserem ver as fotos em tamanho maior, aconselho baixar e dar zoom na imagem no computador. :)