Teste com cobaias
concluiu que 'feomelanina' pode lesionar células. Doença na 1ª camada da pele pode surgir sem exposição intensa ao sol.
O
pigmento responsável pela cor do cabelo em pessoas ruivas pode contribuir para
a formação de melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, sugere um estudo
publicado por cientistas americanos e alemães na revista "Nature".
A pele
branca desses indivíduos já precisa naturalmente de maior proteção contra os
raios ultravioleta (UV) do sol. Mas, em testes com camundongos ruivos, os
autores – liderados por David Fisher, do Hospital Geral de Massachusetts, nos
EUA – perceberam que animais muito claros e com sardas não precisam se expor à
radiação para ter câncer.
Isso
porque esses bichos têm uma dificuldade natural de produzir um pigmento de cor
castanha ou preta chamado eumelanina, que ajuda a bloquear os efeitos
prejudiciais da radiação e eventuais lesões ao DNA das células.
Por outro
lado, as cobaias fabricavam outro tipo de pigmento, a feomelanina, de cor
amarela ou vermelha. Como essa maior predisposição ao melanoma não foi vista em
camundongos albinos, os pesquisadores atribuem a alta incidência de câncer de
pele em animais ruivos à feomelanina, que causaria oxidação e danos às células.
Além do
Hospital Geral de Massachusetts, participaram do estudo o centro de câncer e
vacinas Instituto Wistar, na Filadélfia, e as universidades Yale, da
Califórnia, de Kentucky e de Ulm, na Alemanha.
O
melanoma é um tipo maligno de tumor que atinge a camada mais superficial da
pele – a epiderme – e responde por 5% do total de casos de câncer de pele.
Acomete as células chamadas melanócitos, que produzem a melanina, pigmento que
dá cor à pele e se divide em eumelanina e feomelanina.
O
melanoma é uma doença considerada altamente perigosa, porque tem alto risco de
sofrer metástase, ou seja, espalhar-se rapidamente para outros órgãos do corpo.
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